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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

PRIMEIROS ANOS - texto prova da bimestral 4º bimestre.

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Um futuro possível.

Um estudo mostra que em 2020 o Brasil poderá ter um PIB (produto interno bruto, total de riqueza produzida por um país no período de um ano) comparável ao de Itália e Reino Unido. Setores como serviços de comunicação e eletroeletrônico estarão entre os de maior crescimento - por José Roberto Caetano 17.05.2007 - Revista EXAME -
Goste-se ou não, talvez seja melhor se acostumar com um crescimento da economia brasileira em torno de 3,7% ao ano. Essa foi a taxa de expansão registrada no ano passado, segundo dado recém-divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Coincidentemente, é o mesmo ritmo de crescimento projetado para os próximos 13 anos por técnicos da consultoria Ernst & Young e da Fundação Getulio Vargas. Um estudo exclusivo, feito em parceria pelas duas instituições, traçou cenários para 2020 e obteve estimativas de crescimento semelhantes às de outro trabalho, a conhecida pesquisa do banco Goldman Sachs sobre o potencial futuro de Brasil, Rússia, Índia e China -- o bloco apelidado de BRIC. Uma diferença é que a previsão do Goldman Sachs fez as contas sobre o que pode ocorrer até 2050, quando o Brasil poderia alcançar o posto de quinta maior economia mundial. O estudo da FGV e da E&Y serve como uma espécie de avaliação do que pode ser o estado do país no meio do caminho -- no horizonte analisado, o Brasil estaria ainda na nona colocação no ranking global.
Projeções são projeções -- e como tal podem dar certo ou não. Mas o prazo de projeção menos ambicioso tem uma vantagem de caráter prático -- fica mais perto do futuro que as empresas conseguem vislumbrar em seu planejamento estratégico. "É um cenário de forte crescimento na escala de negócios no Brasil, de aumento da internacionalização, e que irá requerer das empresas mais sofisticação de controles e mais tecnologia", afirma Luiz Guilherme Frazão, presidente da Ernst & Young no Brasil. À primeira vista, o cenário de expansão anual de menos de 4% pode não impressionar. No entanto, essa taxa seria capaz de fazer o país passar a andar à frente da média mundial -- espera-se que a economia global cresça 3,3% ao ano até 2020. Caso de fato aconteça como projetam os consultores, a expansão brasileira não será suficiente para colocar o país no páreo dos emergentes mais dinâmicos, como China e Índia, mas é bem superior ao desempenho registrado nas últimas duas décadas e significará chegar mais perto da cadência do Chile, dono dos melhores fundamentos econômicos na América Latina. "Devemos olhar esse cenário como um número a ser superado, com o qual não podemos nos contentar", diz o economista Armando Castelar Pinheiro, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). "Mas a projeção é mais plausível que os 5% considerados pelo governo no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC."
O Brasil que se desenha na foto, de todo modo, tem números que impressionam. Se confirmada a tendência captada na pesquisa, em 13 anos a economia vai acumular um crescimento de 60% -- o PIB atingiria 1,6 trilhão de dólares em 2020, comparável ao de Itália e Reino Unido. Apenas esse acréscimo equivale a adicionar tudo o que produzem atualmente os demais países da América do Sul e Central juntos. Esse resultado traduz-se na forma de uma forte ampliação de escala -- uma vantagem exclusiva dos países de grande população, como também são China, Índia e Estados Unidos --, talvez o maior impulso positivo para a economia nos próximos anos. A incorporação de uma enorme massa de consumidores de baixa renda, hoje fora do mercado, teria o efeito de quase dobrar o potencial de consumo do país. O volume de negócios das empresas, bem como as exportações do país, também deve ser multiplicado por 2. O cenário mais positivo servirá como uma fonte de atração de investimentos externos -- a entrada líquida de recursos pode alcançar 35 bilhões de dólares, bem acima da média de 27 bilhões observada durante o período do auge das privatizações, no final da década de 90. Um dos fatores que justificam o aumento do fluxo de investimento estrangeiro é a boa rentabilidade oferecida pelos negócios no país. Segundo o estudo da Ernst & Young e da FGV, entre as dez maiores economias do mundo, o Brasil estará atrás apenas de Índia, China e Estados Unidos em matéria de retorno líquido do capital.
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