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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

AVATAR.


Um filme no mínimo muito interessante.
Em termos de roteiro, uma decepção ao cubo; apesar da nobre jogada politicamente correta da releitura do processo de colonização das Américas, redimindo o passado do cinema que endeusou aqueles que seriam os vilões, percebe-se claramente manjados clichês, por exemplo: o herói estrangeiro que desperta a paixão da princesa da tribo, provocando o ciúme do mais valoroso guerreiro nativo a quem está prometida.
Por outro lado, a reflexão sobre um possível contato com a vida extraterrena não tão hostil como aparece em Guerra dos Mundos é uma idéia subjacente, apesar de já ter sido explorada por Spielberg em ET e Contatos Imediatos.
Porém, em termos de fotografia, montagem editoração e efeitos especiais, uma inovação espetacular jamais vista antes na história do cinema.
Stanley Kubrick havia explorado em 2001, uma Odisséia no Espaço um dos mais significativos apelos dos anos 60: os psicodélicos estados alterados de percepção provocados pelo LSD de Timothy Leary, ou então a psilocibina e o DMT (ayahuaska) de Terence McKenna, esta última hoje acessível através das correntes religiosas que se fazem presentes nos grandes centros urbanos livres da repressão, e Avatar traz em um dos aspectos positivos de seu roteiro o pensamento que tais seitas tentam suscitar na sociedade atual: a conexão universal de todos os seres vivos a partir do vegetal e a necessidade de preservação do meio ambiente juntamente com a pluralidade de culturas, já que todos somos um – o autoconhecimento.
As tecnologias digitais associadas à genialidade e percepção artística dos fotógrafos envolvidos na obra trazem em Avatar, especialmente em sua versão 3D, um envolvente e extraordinário espetáculo que provoca uma profunda catarse em todos os que possuem um mínimo de sensibilidade à arte fotográfica.
Avatar: vale a pena... especialmente em 3D.
O trailer oficial do filme não mostra nem 10% da beleza do mesmo, mas para quem quiser vê-lo: http://www.avatarmovie.com/index.html
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Prof. Douglas Gregorio.
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