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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Filosofia política: a democracia grega, Platão e Aristóteles.

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A origem do modelo político praticado em nossa sociedade e civilização está na grécia Antiga, específicamente a Atenas democrática do período entre 400 e 200 anos a.C., aproximadamente.
Ali os cidadãos reuniam-se em praça pública, debatiam e votavam as decisões governamentais.
Cabe ressaltar que a democracia grega, apesar de defender os nobres ideais do lema "todo poder emana do povo e em seu nome é exercido", não era tão perfeita assim. Há de se considerar que somente os atenienses maiores de 18 anos podiam votar, bem como os escravos, mulheres e estrangeiros também não votavam, o que afastava cerca de 90% da população das decisões.
Mas este cenário culturalmente fértil nos presenteou com grandes pensadores, entre eles mestres como Sócrates, Platão e Aristóteles.
Para Platão, o mundo foi organizado (e não criado) por uma grande inteligência (que não é Deus) a quem chamou de Demiurgo.
Ele separou portanto o todo existente entre duas partes: um mundo físico, que é aquele no qual estamos vivendo, e um mundo metafísico, onde é possível conceber a perfeição.
Antes de serem aprisionadas a um corpo, as almas dos humanos vivem no mundo metafísico (ou "mundo das idéias" como costuma ser chamado), e neste lugar entram em contato, em maior ou menor grau, com o conhecimento.
Ao virem para este mundo, o contato com o conhecimento definia os PAPÉIS SOCIAIS que os indivíduos iriam exercer na organização social.
Assim, ao encarnar com a alma na barriga, o papel deste indivíduo era a de se dedicar a tarefas como o artesanato e comércio.
Ao encarnar com a alma no peito, cabia a este indivíduo funções militares, ou seja, um guerreiro.
Ao encarnar com a alma na cabeça, este indivíduo seria um filósofo; assim, seu papel social era o de governar - o ideal do Rei-Filósofo.
Aristóteles aprofundou estas idéias do mestre Platão e classificou o ser humano como um zoon politicon, ou seja, um animal cidadão - faz parte da natureza humana a vida em comunidade, e, com isso, o exercício da política.
Como o mestre, Aristóteles reservou um lugar privilegiado a seres mais desenvolvidos, descrevendo aquilo o que conhecemos hoje por pirâmide social: a separação dos homens em classes ou castas, superiores ou inferiores, cada qual exercendo determinadas funções sociais.
Sobre este tema, você vai encontrar mais informações no capítulo 21 do livro "Temas de Filosofia" , Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Martins, ed. Moderna.
Neste blog, no menu "objetos de aprendizagem", você também poderá encontrar a aula digitalizada sobre a filosofia política de Maquiavel, que também é material de estudo.
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