UM BLOG PEDAGÓGICO E CULTURAL A SERVIÇO DE ESTUDANTES, PROFESSORES, PESQUISADORES E INTERESSADOS EM GERAL.



quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

AVATAR.


Um filme no mínimo muito interessante.
Em termos de roteiro, uma decepção ao cubo; apesar da nobre jogada politicamente correta da releitura do processo de colonização das Américas, redimindo o passado do cinema que endeusou aqueles que seriam os vilões, percebe-se claramente manjados clichês, por exemplo: o herói estrangeiro que desperta a paixão da princesa da tribo, provocando o ciúme do mais valoroso guerreiro nativo a quem está prometida.
Por outro lado, a reflexão sobre um possível contato com a vida extraterrena não tão hostil como aparece em Guerra dos Mundos é uma idéia subjacente, apesar de já ter sido explorada por Spielberg em ET e Contatos Imediatos.
Porém, em termos de fotografia, montagem editoração e efeitos especiais, uma inovação espetacular jamais vista antes na história do cinema.
Stanley Kubrick havia explorado em 2001, uma Odisséia no Espaço um dos mais significativos apelos dos anos 60: os psicodélicos estados alterados de percepção provocados pelo LSD de Timothy Leary, ou então a psilocibina e o DMT (ayahuaska) de Terence McKenna, esta última hoje acessível através das correntes religiosas que se fazem presentes nos grandes centros urbanos livres da repressão, e Avatar traz em um dos aspectos positivos de seu roteiro o pensamento que tais seitas tentam suscitar na sociedade atual: a conexão universal de todos os seres vivos a partir do vegetal e a necessidade de preservação do meio ambiente juntamente com a pluralidade de culturas, já que todos somos um – o autoconhecimento.
As tecnologias digitais associadas à genialidade e percepção artística dos fotógrafos envolvidos na obra trazem em Avatar, especialmente em sua versão 3D, um envolvente e extraordinário espetáculo que provoca uma profunda catarse em todos os que possuem um mínimo de sensibilidade à arte fotográfica.
Avatar: vale a pena... especialmente em 3D.
O trailer oficial do filme não mostra nem 10% da beleza do mesmo, mas para quem quiser vê-lo: http://www.avatarmovie.com/index.html
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Prof. Douglas Gregorio.
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sábado, 19 de dezembro de 2009

ANO NOVO, VIDA NOVA, NOVOS DESAFIOS!

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Não há do que reclamar de 2009, tanto a respeito do Brasil como dos projetos pessoais de quem vos escreve.
Atravessamos uma severa crise internacional que foi praticamente imperceptível num país que caminha a largos passos para o desenvolvimento - e por isso mesmo temos um compromisso muito sério em superar certos problemas sócio-políticos e econômicos que dispensam explicações, sem o que jamais seremos a potência das olimpíadas e copa do mundo, da participação no conselho de segurança da ONU, da prevista 5ª economia do mundo em 2020, da alta influência na OMC, da exportação de alta tecnologia, do pré-sal e dos biocombustíveis, da liderança geopolítica e econômica da América Latina e MERCOSUL.
Quanto a mim, comemorando o tão sonhado ingresso no mestrado em Ciências da Comunicação da ECA-USP, fruto de anos de preparação intensa, declaro que foi imensamente gratificante completar um biênio à frente do ensino de sociologia no Colégio e Faculdades Anchieta... mas a vida nos leva a novos desafios, assim, estou deixando a escola.
Deixo aqui um grande abraço a todos os meus colegas e alunos sem os quais o projeto Kafenacoca - que continuará no ar - jamais seria possível.
A TODOS VOCÊS, O MEU FORTÍSSIMO ABRAÇO DE AGRADECIMENTO, BEM COMO A TODOS OS DEMAIS PROFESSORES E INTERESSADOS DO BRASIL AFORA QUE ACOMPANHAM O PROJETO KAFENACOCA.
QUE TENHAMOS UM FORMIDÁVEL 2010!
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Prof. Douglas Gregorio.

sábado, 12 de dezembro de 2009

RECUPERAÇÃO FINAL 2009 - O QUE VAI CAIR?

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Caro aluno, se você ficou em recuperação, primeiramente quero que saiba que a posição do professor é a de ajudá-lo, oferecendo o máximo possível de recursos para que você consiga superar esta situação.
Em segundo lugar, adianto explicações: para todas as séries ocorrerá um TRABALHO a ser realizado em sala de aula, no valor de zero a dez; não será permitido fazer o trabalho fora da sala de aula.
O trabalho consta de quatro questões dissertativas; cada uma das questões corresponde ao tema central trabalhado em cada bimestre de 2009 - segue abaixo o programa para cada série.
Como material de estudo basta consultar neste blog as aulas digitalizadas, textos corridos, mapas conceituais etc.
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Primeiros anos:
Tema geral: introdução à sociologia; as quatro ciências sociais.
- Processo de SOCIALIZAÇÃO; instinto gregário.
- Antropologia: cultura e valores.
- Ciência política: poder, Estado, ideologias, formas de governo, democracia.
- Economia: relações de produção, consumo e distribuição; o Brasil, economia emergente no século XXI.
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Segundos anos:
Tema geral: Introdução à Ciência Política.
- Introdução à Ciência Política; o jogo de xadrez como metáfora do jogo político.
- Ideologia - conceito, traços gerais.
- O Estado moderno e a divisão em três poderes.
- A conjuntura política brasileira na atualidade; os projetos que disputarão as próximas eleições.
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Terceiros anos:
Tema geral: atualidades no Brasil e no mundo.
- A Nova Ordem Mundial: os blocos econômicos, BRIC: os países emergentes; Brasil, potência emergente do século XXI.
- A questão ambiental: ECO 92, protocolo de Kioto, aquecimento global, emissão de CO2, desenvolvimento sustentável.
- Os Conflitos Mundiais - o Oriente Médio, o terrorismo internacional, a questão Palestina.
- A Revolução Digital, Cybercultura, a Sociedade em Rede.
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ESPERO VER TODOS VOCÊS APROVADOS!
Prof. Douglas Gregorio.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

FOTOS DA FEIRA DE CIÊNCIAS - NÃO TEM QUE CLICAR, TEM QUE ROLAR TELA ABAIXO!

Várias pessoas me procuraram dizendo que não estavam conseguindo visualizar as fotos da feira de ciências - pensaram que tinham que clicar no título, mas não é um link, tem que rolar tela abaixo, as fotos estão aqui, na home, abaixo dos textos das provas bimestrais.

sábado, 28 de novembro de 2009

HOPI HARI 2009 - ANCHIETA CURTINDO SÓ ALEGRIA!

Toda a comunidade anchietana mereceu este dia de muita festa, alegria e diversão - desde a animação na concentração de embarque, as festas nos ônibus com muitas canções animadas, até o conturbado desembarque debaixo de chuva torrencial, enfrentando rush no trânsito paulistano tanto na ida como na volta, o que valeu mesmo é que ali no Hopi Hari não havia corpo diretivo, corpo administrativo, corpo docente e corpo discente, o que havia era a comunidade anchietana confraternizando em festa e diversão - e viva nossa união! mais uma vez: orgulho de ser anchietano!

Saindo da queda livre na torre... olhando o pessoal preso na falha do aparelho, lá no alto - que situação!!!

Fila da montanha russa - até que foi rápida.


Aiiiii!!! Essa ficou com as pernas tremendo pela meia hora seguinte.


Olha a Amanda lá no fundo, pronta para decolar!


É a galera do 3 EMA.


Ai, que tédio... esta fila não anda!

Entrar na minha frente?! Nananinanão!

Um dos pontos positivos do Hopi Hari é a utilização das belezas naturais para enriquecer o ambiente.


Esta foto foi feita no Crazy Wagon em movimento.


Ai, que chato ficar na fila!


Show de folk & country.


Mais show de folk & country.


E que show de folk & country!!!


A comunidade anchietana também sabe curtir a fila - não se pode negar que também é um momento de interação.


Marina, e a galera do 2 EMA - fila, fila e mais fila... mas estar junto por sí só já vale!


Na fila todos os anchietanos se encontram!


E aí professoras?! Preparadas para desafios radicais? (estas duas não fugiram de nada!).


A concentração na chegada - o dia estava só começando!


Opa, excursão sem festa no ônibus não vale!


E aí gente, vamos lá, Hopi Hari nos aguarda!


Olha só a pose das top models que brilharam no Hopi Hari!


Cuidar da galera é a mais radical das brincadeiras!


Elas são uma simpatia só, não acham?! E viva o Anchieta! E o 2 EMA também!


Ueba! Vamos para o ônibus!

Let's go to bus people! Once upon a time a big big party in Hopi Hari!


Hummmmm, o que significam estas expressões pensativas?!


Xiii, estes dois aí atrás estão rindo... sei não...


E aí professora Joyce, preparada diante de seu pelotão?!


Concentração antes da saída.

Professores Fábio e Wanda em pleno vôo no Vicking.

Show de Folk & Country.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

FOTOS E VÍDEOS DA FEIRA DE CIÊNCIAS 2009.

Caríssimos, logo abaixo do roteiro de estudos e dos textos que serão analisados nas provas bimestrais (não deixem de estudá-los), vocês encontrarão quase 60 FOTOS COMENTADAS E VÍDEOS DE NOSSA FEIRA DE CIÊNCIAS 2009.
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ROTEIROS DE ESTUDO - 4 BIMESTRE.

SOCIOLOGIA.

1ºs anos – Introdução à ECONOMIA.
· Vida em sociedade e participação na produção, distribuição e consumo.
· Energias implicadas na produção e tipos de trabalho – divisão social.
· Produção e questão ambiental.
· Leitura de “A Revolução dos Bichos” – capítulo 10 até o final.

2ºs anos – A atual conjuntura política brasileira.
· Resgate histórico das forças políticas: o latifúndio, a indústria, o movimento sindical, a Igreja e os movimentos sociais.
· Política interna: a posição das forças políticas e a sociedade civil.
· Política externa: Brasil país emergente, potência hegemônica latinoamericana; grandes eventos esportivos.
· Leitura de “1984” – cap. 17 até o final.

3ºs anos – A sociedade em rede.
· Transição do modelo taylorista-fordista de organização social para a sociedade digital.
· Comunicação digital em mão dupla: interatividade e comunidades virtuais.
· Cybercultura e poder, sociedade em rede e revolução digital; democracia e inclusão digital.
· Leitura de “O Lobo da Estepe” – pag. 160 até o final.

FILOSOFIA:

1ºs anos – Formas de governo:
· A democracia; ideias e conceitos relacionados à Pólis.
· Regimes de Governo.
· Degeneração dos Regimes de Governo.
· Visão Platônica e Aristotélica dos Regimes de Governo.

2ºs anos – Bioética.
· Bioética, conceito.
· Discussões acerca de células tronco, aborto, eutanásia, distanásia e ortotanásia, clonagem e transgênicos.
· Aspectos legais destas discussões.

PRIMEIROS ANOS - texto prova da bimestral 4º bimestre.

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Um futuro possível.

Um estudo mostra que em 2020 o Brasil poderá ter um PIB (produto interno bruto, total de riqueza produzida por um país no período de um ano) comparável ao de Itália e Reino Unido. Setores como serviços de comunicação e eletroeletrônico estarão entre os de maior crescimento - por José Roberto Caetano 17.05.2007 - Revista EXAME -
Goste-se ou não, talvez seja melhor se acostumar com um crescimento da economia brasileira em torno de 3,7% ao ano. Essa foi a taxa de expansão registrada no ano passado, segundo dado recém-divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Coincidentemente, é o mesmo ritmo de crescimento projetado para os próximos 13 anos por técnicos da consultoria Ernst & Young e da Fundação Getulio Vargas. Um estudo exclusivo, feito em parceria pelas duas instituições, traçou cenários para 2020 e obteve estimativas de crescimento semelhantes às de outro trabalho, a conhecida pesquisa do banco Goldman Sachs sobre o potencial futuro de Brasil, Rússia, Índia e China -- o bloco apelidado de BRIC. Uma diferença é que a previsão do Goldman Sachs fez as contas sobre o que pode ocorrer até 2050, quando o Brasil poderia alcançar o posto de quinta maior economia mundial. O estudo da FGV e da E&Y serve como uma espécie de avaliação do que pode ser o estado do país no meio do caminho -- no horizonte analisado, o Brasil estaria ainda na nona colocação no ranking global.
Projeções são projeções -- e como tal podem dar certo ou não. Mas o prazo de projeção menos ambicioso tem uma vantagem de caráter prático -- fica mais perto do futuro que as empresas conseguem vislumbrar em seu planejamento estratégico. "É um cenário de forte crescimento na escala de negócios no Brasil, de aumento da internacionalização, e que irá requerer das empresas mais sofisticação de controles e mais tecnologia", afirma Luiz Guilherme Frazão, presidente da Ernst & Young no Brasil. À primeira vista, o cenário de expansão anual de menos de 4% pode não impressionar. No entanto, essa taxa seria capaz de fazer o país passar a andar à frente da média mundial -- espera-se que a economia global cresça 3,3% ao ano até 2020. Caso de fato aconteça como projetam os consultores, a expansão brasileira não será suficiente para colocar o país no páreo dos emergentes mais dinâmicos, como China e Índia, mas é bem superior ao desempenho registrado nas últimas duas décadas e significará chegar mais perto da cadência do Chile, dono dos melhores fundamentos econômicos na América Latina. "Devemos olhar esse cenário como um número a ser superado, com o qual não podemos nos contentar", diz o economista Armando Castelar Pinheiro, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). "Mas a projeção é mais plausível que os 5% considerados pelo governo no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC."
O Brasil que se desenha na foto, de todo modo, tem números que impressionam. Se confirmada a tendência captada na pesquisa, em 13 anos a economia vai acumular um crescimento de 60% -- o PIB atingiria 1,6 trilhão de dólares em 2020, comparável ao de Itália e Reino Unido. Apenas esse acréscimo equivale a adicionar tudo o que produzem atualmente os demais países da América do Sul e Central juntos. Esse resultado traduz-se na forma de uma forte ampliação de escala -- uma vantagem exclusiva dos países de grande população, como também são China, Índia e Estados Unidos --, talvez o maior impulso positivo para a economia nos próximos anos. A incorporação de uma enorme massa de consumidores de baixa renda, hoje fora do mercado, teria o efeito de quase dobrar o potencial de consumo do país. O volume de negócios das empresas, bem como as exportações do país, também deve ser multiplicado por 2. O cenário mais positivo servirá como uma fonte de atração de investimentos externos -- a entrada líquida de recursos pode alcançar 35 bilhões de dólares, bem acima da média de 27 bilhões observada durante o período do auge das privatizações, no final da década de 90. Um dos fatores que justificam o aumento do fluxo de investimento estrangeiro é a boa rentabilidade oferecida pelos negócios no país. Segundo o estudo da Ernst & Young e da FGV, entre as dez maiores economias do mundo, o Brasil estará atrás apenas de Índia, China e Estados Unidos em matéria de retorno líquido do capital.
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SEGUNDOS ANOS - texto para prova bimestral - 4º bimestre.

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Arnaldo Jabour, carioca de 69 anos é uma personalidade eclética. Cineasta, jornalista, escritor, cronista e comentarista político, crítico de arte, produtor cultural, Jabor tem um estilo forte, impactante. Impossível não prestar atenção em seus trabalhos, sempre muito polêmicos.

Segue a transcrição de uma crônica de Arnaldo Jabor, que foi ao ar pela rádio CBN no dia 13 de outubro de 2009. Nela, Jabour tece toda uma análise da conjuntura brasileira da atualidade, pontuando quais as forças de esquerda, direita e centro que estão em jogo no momento, ironizando as estratégias e alianças políticas.

ADVERTÊNCIA – o texto de Arnaldo Jabour não necessariamente reflete a opinião do professor ou do Colégio Anchieta. Seu objetivo é lançar elementos para o exercício da análise crítica.

Política é a arte do “possível”.

Amigos ouvintes, todos nós sabemos que a política é a arte do possível, que para ser eleito é preciso abraçar possíveis aliados, é preciso engolir sapos, e comer muita buchada de bode, não só do bode real, mas também dos bodes pretos que infestam o país.
Tudo bem, a vida é dura e a política também.
Mas neste governo existe uma visão de alianças que vai muito além da medida. Há certas alianças que desqualificam o candidato.
Vimos há pouco tempo Lula sorrindo para o Collor, vimos Sarney também fazendo a mesma coisa, e no próximo ano, por causa da obsessão de Lula de eleger sua candidata Dilma Roussef, veremos cenas difíceis de acreditar. Dilma é uma invenção do Lula e ele vai jogar tudo em sua candidatura, ao lado dela em todos os palanques.
Tudo bem, direito dele também.
Ele vai tentar elegê-la pela comparação entre o seu governo e o de Fernando Henrique Cardoso... claro que escondendo ao máximo que toda a estrutura da economia atual, as leis de responsabilidade fiscal, e até o bolsa família foram inventados no governo anterior.
Até aí também tudo bem porque faz parte do jogo de mentiras e verdades que a política exige.
Mas o que choca é que há neste governo um certo prazer... meio sádico. Há uma volúpia em fazer alianças repulsivas e fazer alianças além do nosso escândalo. Estas alianças com inimigos ou com pessoas de baixo calão são feitas por dois motivos, além do interesse político: primeiro, com oitenta por cento de votos o Lula acha que pode tudo. Além disso, há um prazer parecido com a época do mensalão. Há um prazer em ir além daquilo o que eles chamam de corrupção burguesa ou falta de ética burguesa. Isso, eles pensam: nós somos a favor de uma revolução no futuro (que eles não sabem qual é); nós somos bons, nós somos o sal da terra, logo, nós podemos pecar porque nós já nos perdoamos antes, nós somos santos a priori, autoabsolvidos.
Assim, o governo é, por exemplo, aliado do PR, partido fundado por uma poderosa igreja evangélica porque o vice, Alencar, quis.
Outra coisa deprimente que vejo é a maratona que Dilma Roussef faz pelo país elogiando homens como Jáder Barbalho, e se agarrando com todos os religiosos que aparecem na sua frente. Já vimos a Dilma agarrada num casal de pastores que nasceu e renasceu com palácios em Miami. Já vimos a Dilma outro dia quase segurando a corda do Círio em Belém, já vimos a Dilma rezando, contrita, de olhos para o céu.
Por isso eu pergunto: mas... Dilma não era comunista? E os comunistas não acham que a religião é o ópio do povo? O que aconteceu? O que será que Marx diria disso? Ou ela se converteu a Deus, ou ela está enrolando os religiosos.
Eu acho que ela convocou todos os santos para entrar na sua campanha.
Por isso só nos resta dizer: Ó Cristo, olhai para isto.

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2009/10/13/POLITICA-E-A-ARTE-DO-POSSIVEL.htm


Vocabulário:

Eclético – diz-se da pessoa ou obra que trabalha ao mesmo tempo com diversos temas, habilidades ou atividades distintas entre sí.

Polêmico – idéia, atitude, ou obra de impacto, que gera opiniões divergentes sem que se chegue a um consenso.

Ironizar – em linguagem coloquial, zombar. Em linguagem erudita, analisar uma idéia ou atitude de modo a mostrar contradições, resultando na exposição ao ridículo. Na filosofia socrática o conceito assume um sentido mais profundo.

Buchada – prato típico do nordeste brasileiro, composto de estômago (bucho) de bode cozido, recheado com as demais vísceras do animal, devidamente higienizadas, picadas e temperadas. Por utilizar ingredientes rejeitados na cultura culinária de outras regiões, o prato costuma gerar repulsa a paladares não acostumados.
Jabour se refere a um famoso episódio de uma campanha eleitoral passada, na qual o ex-presidente Fernando Henrique, contendo as caretas de repulsa, comeu buchada de bode em público para ganhar popularidade entre os nordestinos.

Palanque – palco, plataforma elevada destinada a um orador.

Sádico – praticante de sadismo, atitude de quem obtem prazer com o sofrimento alheio – origem: Marques de Sade.

Volúpia – prazer sensitivo intenso, prazer carnal.

Baixo calão – grosseiro, obsceno.

A priori – expressão latina que indica a pré-condição de algo, p. ex.: a priori, um triângulo é uma figura de três lados.

Círio – vela grande. No texto, Jabour refere-se à tradicional festa católica do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, que ocorre todo segundo domingo de outubro em Belém do Pará. Reúne milhares de fiéis sendo uma das maiores manifestações católicas do mundo. Nesta festa, entre outros rituais, os fiéis se acotovelam para tocar e puxar uma enorme corda de sisal de 400 m e 700 kg. que antigamente puxava o carro com a imagem de Nsa. Sra. de Nazaré durante a procissão.

Contrita – estar em estado contrição, isto é, arrependida de seus pecados diante de Deus.

Ópio – droga base da morfina, extraída da flor de papoula. Era consumida livremente até o século XIX, sendo servida em casas especializadas, cujos efeitos eram euforia seguida de sono onde ocorriam sonhos extravagantes. A expressão “ópio do povo” foi criada pelo filósofo Karl Marx, que afirmava que a função da religião era a de promover o alívio das tensões sociais, através da promessa de que o sofrimento seria compensado por uma vida melhor no paraíso que viria após a morte física.
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

TERCEIROS ANOS - texto para prova bimestral - 4º bimestre.

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Manuel Castells é professor de sociologia e comunicação desde 1967, e já trabalhou nas universidades de Paris (França) e Berkeley (CA, EUA). Atua hoje na Universidade Aberta da Catalunha, Espanha. Atualmente é considerado o principal sociólogo do mundo, o mais citado em trabalhos acadêmicos da área de sociologia e comunicação, e o quarto cientista mais estudado do mundo.
Castells escreveu diversos livros, e o principal deles é a trilogia: A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura, sendo o principal volume A Sociedade em Rede, onde fala das transformações na sociedade promovidas pela Internet.
Numa entrevista concedida ao principal jornal da Espanha, o EL PAÍS, Manuel Castells anos fala do Proyecto Internet Cataluña. Entre 2002 e 2008 Castells entrevistou cerca de 55.000 internautas, 15.000 pessoalmente e 40.000 via internet, sobre as mudanças que a internet trouxe para a cultura e para a organização social.

O PODER TEM MEDO DA INTERNET.
Milagros Perez Oliva, para o EL PAÍS, 06/01/2008.

El País - Esta pesquisa mostra que a Internet não favorece o isolamento, como muitos crêem, e sim que as pessoas que mais batem papo são as mais sociáveis.
Manuel Castells - Sim. Para nós não é nenhuma surpresa. A surpresa é que esse resultado tenha sido uma surpresa. Há pelo menos 15 estudos importantes no mundo que dão esse mesmo resultado.

EP - Por que acredita que a idéia contrária se propagou com sucesso?
Castells - Os meios de comunicação têm muito a ver. Todos sabemos que as más notícias são mais notícia. Você utiliza a Internet e seus filhos também; mas é mais interessante acreditar que ela está cheia de terroristas, de pornografia... Pensar que é um fator de alienação vem a ser mais interessante do que dizer: a Internet é a extensão da sua vida. Se você é sociável, será mais sociável; se não é, a Internet o ajudará um pouco, mas não muito. Os meios de comunicação são de certo modo a expressão do que a sociedade pensa: a questão é por que a sociedade pensa assim.
EP - Por medo do novo?
Castells - Exatamente. Mas medo de quem? A velha sociedade da nova, os pais de seus filhos, as pessoas que têm o poder ancorado em um mundo tecnológico, social e culturalmente antigo, em relação ao que lhes vem por cima, que não entendem nem controlam e que percebem como um perigo, que no fundo é. Porque a Internet é um instrumento de liberdade e de autonomia, quando o poder sempre se baseou no controle das pessoas, através da informação e da comunicação. Mas isso está acabando, porque a Internet não pode ser controlada.
EP - Vivemos em uma sociedade em que a gestão da visibilidade na esfera pública midiática, como a define John J. Thompson, se transformou na principal preocupação de qualquer instituição, empresa ou organismo. Mas o controle da imagem pública exige meios que sejam controláveis, e se a Internet não o é...
Castells - Não é, e isso explica por que os poderes têm medo da Internet. Estive em não sei quantas comissões assessoras de governos e instituições internacionais nos últimos 15 anos, e a primeira pergunta que os governos sempre fazem é: como podemos controlar a Internet? A resposta é sempre a mesma: não podem. Pode haver vigilância, mas não controle.
EP - Se a Internet é tão determinante na vida social e econômica, seu acesso pode ser o principal fator de exclusão?
Castells - Não, o mais importante continuará sendo o acesso ao trabalho e à carreira profissional, e, antes, o nível educacional, porque sem educação a tecnologia não serve para nada. Na Espanha a chamada divisão digital é uma questão de idade. Os dados são muito claros: entre os maiores de 55 anos, só 9% são usuários da Internet, mas entre os menores de 25 anos são 90%.
EP - Então é só uma questão de tempo?
Castells - Quando minha geração tiver desaparecido não haverá divisão digital no acesso. Mas na sociedade da Internet o complicado não é saber navegar, mas saber aonde ir, onde buscar o que se quer encontrar e o que fazer com o que se encontra. Isso exige educação. Na realidade, a Internet amplia a mais antiga lacuna social da história, que é o nível de educação. Que 55% dos adultos não tenham completado a educação secundária na Espanha é a verdadeira divisão digital.
EP - Nessa sociedade que tende a ser tão líquida, na expressão de Zygmunt Bauman, em que tudo muda constantemente e que está cada vez mais globalizada, pode aumentar a sensação de insegurança, de que o mundo se move sob nossos pés?
Castells - Há uma nova sociedade que tentei definir teoricamente com o conceito de sociedade-rede, e que não está muito longe da que Bauman define. Creio que, mais que líquida, é uma sociedade em que tudo está articulado de forma transversal e há menos controle das instituições tradicionais.
EP - Em que sentido?
Castells - Se amplia a idéia de que as instituições centrais da sociedade, o Estado e a família tradicional, já não funcionam. Então todo o nosso chão se move ao mesmo tempo. Primeiro, as pessoas pensam que seus governos não as representam e não são confiáveis. Assim, começamos mal. Segundo, pensam que o mercado vai bem para os que ganham e mal para os que perdem. Como a maioria perde, há uma desconfiança do que a lógica pura e dura do mercado possa proporcionar às pessoas. Terceiro, estamos globalizados; isso quer dizer que nosso dinheiro está em algum fluxo global que não controlamos, que a população está submetida a pressões migratórias muito fortes, de modo que é cada vez mais difícil encerrar as pessoas em uma cultura ou em fronteiras nacionais.
EP - Que papel a Internet desempenha nesse processo?
Castells - Por um lado, ao nos permitir o acesso a toda a informação, aumenta a incerteza, mas ao mesmo tempo é um instrumento chave para a autonomia das pessoas, e isso é algo que demonstramos pela primeira vez em nossa pesquisa. Quanto mais autônoma é uma pessoa, mais ela utiliza a Internet. Em nosso trabalho definimos seis dimensões de autonomia e comprovamos que quando uma pessoa tem um forte projeto de autonomia, em qualquer dessas dimensões, utiliza a Internet com freqüência e intensidade muito maiores. E o uso da Internet reforça ao mesmo tempo sua autonomia. Mas, é claro, quanto mais uma pessoa controla sua vida menos confia nas instituições.
EP - E sua frustração pode ser maior devido à distância que há entre as possibilidades teóricas de participação e as que se exercem na prática, que se limitam a votar a cada quatro anos, não acha?
Castells - Sim, há uma enorme defasagem entre a capacidade tecnológica e a cultura política. Muitos municípios implantaram pontos de acesso sem fio, mas se ao mesmo tempo não forem capazes de articular um sistema de participação eles servirão para que as pessoas organizem melhor suas próprias redes, mas não para participar da vida pública. O problema é que o sistema político não está aberto à participação, ao diálogo constante com os cidadãos, à cultura da autonomia, e portanto essas tecnologias só distanciam ainda mais a política dos cidadãos.
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Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

FEIRA DE CIÊNCIAS - ARREPIOU!

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Gente, foi demais!
Toda a comunidade escolar mobilizada, e o susto que os professores tomaram - desta vez o pessoal se superou! A Feira de Ciências 2009 ultrapassou as expectativas em bom gosto, envolvimento, escolha de temas e principalmente a mobilização dos estudantes.
Por que será?
Acho que caminhamos bastante, estamos mais unidos em nossa comunidade escolar e principalmente estamos acreditando mais em nós mesmos.
Mesmo sem grandes recursos materiais, a criatividade rolou solta e o pessoal se desdobrou neste que foi um dos melhores eventos do Anchieta neste ano.
Tudo começou na manhã de sexta-feira, 13 de novembro - olha só que dia... um calor de sufocar, e a galera junto com os professores tal como um grande formigueiro, preparando o palco deste show que foram os trabalhos deste ano. À noite, a abertura, e o pessoal cada vez mais empolgado até as onze da noite... para estar às sete da manhã de sábado, 14 de novembro, de volta à luta.
O tema - personalidades que fizeram a história - foi simplesmente um tempero bem condimentado neste prato delicioso que foi trabalhar junto com o pessoal neste evento... verdadeiras aulas (e isto não é só força de expressão) de história, filosofia, sociologia, física, química, geografia, língua e literatura, psicologia, artes, enfim, todos os campos do conhecimento, como eu disse, verdadeiras aulas aconteciam a cada visita. Chaplin, Cleópatra, Hitler, Barak Obama, Ayrton Senna, Sílvio Santos, Kelly Slater, Bono Vox, KISS, Bob Marley, Maurício de Souza, Che Guevara, Isaac Newton e vários outros grandes gênios da humanidade foram rememorados, assim como sua contribuição à nossa cultura.
Longe de mim qualquer adulação, mas confesso que senti orgulho de ser professor do Colégio Anchieta. Valeu galera!
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Prof. Douglas Gregorio, sociologia e filosofia.
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Gandhi, 2 EMB.


Cleópatra - Amanda do 3 EMA.
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E quem não quer uma ideologia para viver?!
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Olívia Newton-John - Let´s go to Australia!
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Hip Hop de MV Bill no cinema de Spielberg - colegas visitando as exposições uns dos outros - sensacional atitude!
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Saudades dos anos 70... 3 EMCD
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Luiz Gonzaga, Dominguinhos ou Rodriguinhos? 1 EMA.
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Morte e Vida Severina - Michele 1 EMA.
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A caatinga nordestina e os tipos humanos da região foram reproduzidos pelo pessoal do 1 EMA que homenageou o Rei do Baião, Luiz Gonzaga.
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2 EMA - Bono Vox, grande astro! Sunday no blood, but glory saturday! Desire!

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Where is Jah? Jah is here! Ana e Angélica do 3 EMB.
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3 EMB - sensacional trabalho sobre Bob Marley, André e Ana.

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Banda do irmão da Paula do 3 EMCD
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Olha a Paula aí, à direita na foto, com as colegas. 3 EMCD. Pára de fazer careta Amanda!
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A turma não deixou a peteca cair! Viva o esporte nacional e os irmãos Hipólito! 7G.
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Na praia com Daniel Slater, digo, Kelly Slater - 3 EMC
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Detroit Rock City, I love It loud, eh eh eh eh eh - creatures of the nigth.
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Gene, where is your tongue?! Lick it Up O O O!
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É bronca?! Não, claro que não! é Hip Hop e MV Bill - 3 EMnA.
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Turma da praia. 3 EMC.
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A física newtoniana em nosso cotidiano.
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Indiana Jones no Templo da Perdição! 3 EMC.
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Ghandi 2 EMB.
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Mônica e Magali em pessoa! 3 EMCD.
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Buuuuuuuuuuuuuuuu!
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Apresentando Justus! 3 EMCC
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Estupendo 2 EMnA e o tema Chaplin! Perfeito: mímica com os "sombras" na qual Chaplin foi o maior mestre, maquiagem, fantasias de Carlitos, apresentação dinâmica e original, estética em preto e branco rememorando o cinema de Chaplin... a moçada mandou bem. Tempos modernos da rapazeada que brilharam como as luzes da ribalta, sem nenhum grande ditador, ótimo!
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Os embalos de sábado à noite, no tempo da brilhantina, stayin' alive! 3 EMCB (abaixo, John Travolta dá um show de disco dance em vídeo, confira!)
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Kelly Slater só permitiu fotos de longe. 3 EMC.
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Os aposentos de Cleópatra - 3 EMA.
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Melhor seria olhar pra câmera né? Tell me more, tell me more! Só o Francis simpático, sorrindo para a câmera! 3 EMCB
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Justus ele! 3 EMCC.
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A genialidade de Einstein com o 1 EMnA.
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Oh God, I like Anchieta's Sciencies Fair... it is alike Hollywood, oh, I love it! It's so hot here! Ainda mais porque o pecado mora ao lado! A Renata do 3EMnB simplesmente ficou uma estrela como Marilyn Monroe.
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O pessoal do 3EMnB estourou com os maiores personagens do cinema, arte criada pelos irmãos Lumiére, personalidades-tema do trabalho.
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Mais "Chaplinners" do 2 EMnA

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Kelly Slater em plena forma física; na foto, trajando camiseta azul marinho 3 EMC.
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Pior que era mesmo SEXTA FEIRA 13! Acreditem! 3EMnB

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Adoooooorrooooo Curiiinnngggaaaa! 3 EMnB

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Este ser... o que é? Saído de um filme do Spielberg... e capturado pelo Philipe do 3 EMC.

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A turminha especial do 2EMnA - eles não ouvem e nem falam, mas nos dizem muiiiita coisa!
Valeu mesmo!
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É a Luciana! Grande intérprete, é isso aí menina iccchhhpérrrta!
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Mentes que brilham! 2 EMCE
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O pessoal de química do 3 EMCA e a gasolina.
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Pessoal do 2 EMA montando a Disneyworld.
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Pessoal dando um duro na tarde anterior à abertura - tudo teria de estar perfeito!

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Estava um calor danado, mas valeu a pena!
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Que calorosa recepção do pessoal do 2 EMA na Disney!
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Lucas Lucas Chaplin e Rodrigo Drácula.

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Professor, vamos arrebentar nesta Feira de Ciências!

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A Lu, diretora do tempo do cinema mudo...!

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Kelly Slatter - 3EMC

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Disney - 2 EMB


Luiz Gonzaga, 1 EMA.


Anos 70, 3 EMCD


Led Zeppelin cover, "Rock and Roll" do álbum Led Zeppelin IV, 3 EMCD.


John Travolta, 3 EMCB.


James Brown.


A evolução da música eletrônica.


Street Dance, na exposição sobre James Brown.