UM BLOG PEDAGÓGICO E CULTURAL A SERVIÇO DE ESTUDANTES, PROFESSORES, PESQUISADORES E INTERESSADOS EM GERAL.



terça-feira, 14 de dezembro de 2010

VALEU PRODAM! SENTIREI SAUDADES!

Estamos chegando ao fim de mais uma turma do MBA Executivo em Projetos da FIA-USP, curso in company desenvolvido junto à PRODAM - Cia. de Processamento de Dados do Município de São Paulo.
Vou sentir muitas saudades de todo o pessoal desta turma fantástica, destaque absoluto do ano, tendo recebido elogios veementes de todos os professores com quem conviveram.
Não posso esquecer também do Prof. Jonas, coordenador e orientador de TCC, e do nosso Carlos, responsável pelo buffet que literalmente alimentou o calor humano desta turma maravilhosa.
Joyce, Catherine, Fabiana e Cibele, secretárias da FIA, nós formamos uma equipe e tanto, não acham?
Vale a pena lembrar também dos espetaculares professores que tive a oportunidade de conhecer ao longo deste ano, que deixaram a sua semente na formação destes, que com certeza são executivos de primeira grandeza.
E o meu muito obrigado ao Prof. Almir, diretor, que me deu esta feliz oportunidade.
A todos vocês, meus amigos, um grande abraço... e muito obrigado por me aturarem durante todo o ano. Vocês todos são inesquecíveis.
Douglas Gregorio... o Jacob de Lost...


Segue abaixo então uma sequencia de fotos que mostra a nossa saga na ilha da PRODAM, a qual começou com muitas perguntas e terminou com milhares de perguntas - vamos então tentar respondê-las, basta acompanhar:












Da esquerda para a direita:
Ben, Claire, Saiyd, Jack, Jim, tiete chata 1, Homem de preto (irmão do Jacob),
tiete chata 2, manager dos roteiristas.
Esta caneta é do Jim, se pegar,
ele te enche de porrada como fez com o
Michael que pegou seu rolex.
Aiii, os Outros estão nos observando gente!

Hurley... olhando fixamente em você...
calma, você ainda não é um espírito, ele também vê os vivos.

Widmmore, de gravata, e seu genro, Desmond,
aquele que aguenta segurar em fio de alta tensão desencapado.

Tietes do fã clube de Lost ao lado de Jim.

Locke, sempre calmo, tudo observa atrás de todos...

Como vamos fugir da Ilha? - dissidentes da iniciativa Dharma.

Jackie, Jackie, Jackie, lindoooo! Tiete não larga do pé.

Making-off: candidatos rejeitados ao papel de Jack.

Reunião do conselho supremo da Iniciativa Dharma.

Xiii, aposto que estão assistindo o show do Charlie: You all, everybody!

Não é a Sun, não é a Juliet nem o Locke de peruca.

O avião acabou de cair.
Ai meu Deus, lá vem a fumaça negra de novo!

Pare de gritar Kate, e vê se decide logo entre o Sawyer e o Jack.

A Sun, o Ethan e a Rousseau... este outro aqui, será o Ben?!

Não, não me conta o spoiller, quero curtir até o último segundo!

Viva, vieram nos resgatar! É mentira, o Jacob não deixa!

Locke de peruca só no rabo de olho nas garotas da ilha...

Dissidentes da Iniciativa Dharma de novo.

Making-off: equipe de roteiristas mais lost que Lost.

Ueba! grita Desmond ao lado do sogro, Widmmore?!

Saiyd, de pé, na janela, ao lado de Jack
(na falta de candidato melhor, o papel ficou com esse aí mesmo)

Claire... a doce Claire... acabou ficando com o Charlie... you all, everybody.
Cadê o "Cabeça de Nabo"?
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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Resumo de aula - tecnologia e controle social.

As pessoas, na atualidade, vivem em meio a uma verdadeira selva de recursos eletro-eletrônicos.
Votar, pagar contas, fazer compras, marcar encontros, trabalhar, informar-se, controlar as finanças pessoais, comunicar-se... cartões, chips, senhas, códigos, sites, blogs etc.
Estamos cercados pela tecnologia por todos os lados.
Ao providenciar a emisão de sua cédula de identidade, o cidadão fornece ao estado cópias eletrônicas de suas impressões digitais; utilizará uma caneta e superfície especial e digitalizará sua marca pessoal e instransferível: a assinatura. Todos os seus dados: nome completo, endereço, profissão, sinais particulares, características físicas, histórico pessoal, social, acadêmico e profissional estão em algum lugar na "nuvem" (nome dado às hospedagens de dados e arquivos pessoais no mundo virtual), controlados por algum tipo de sistema.
Você já parou para pensar que, se todas estas informações encontra-se dentro de um sistema controlado... existe uma possibilidade concreta de um dia você deparar-se com documentos falsos emitidos em seu nome, compras e negociações as quais você desconhece totalmente assinadas por você, e não seria impossível você simplesmente deixar de existir perante a sociedade.
Isso nos leva a entender o porque que o controle das informações são uma questão de PODER; quanto mais então, este poder estiver controlado pelo APARELHO DO ESTADO, maior será o alcance do mesmo sobre a nossa vida privada.
George Orwell em seu livro 1984 lançou uma crítica ao Estado opressor e totalitário dirigido por Joseph Stálin na extinta União Soviética. No romance falou ele de um lugar onde a liberdade individual e a privacidade simplesmente não existiam porque, com a ajuda da tecnologia, o Big Brother, ou seja, o Estado, controlava a vida de cada um em seus mais íntimos detalhes, atingindo as raias do controle do pensamento.
Em nome da segurança pública, câmeras e radares são espalhadas pelo Estado pelos mais variados lugares públicos - tal como aparecia no livro de Orwell.
Obras como Eu, Robô de Isaac Asimov, Blade Runner - o Caçador de Andróides, de Ridley Scott, 2001 Odisséia no Espaço de Stanley Kubrick nos falam deste conflito entre o homem e a tecnologia na sociedade contemporânea... e talvez nenhum outro tenha sido tão ousado como a Trilogia Matrix dos irmãos Wachovsky.
O filme Tropa de Elite 2 de José Padilha demonstra como na sociedade e no Estado brasileiro as elites corruptas não hesitam em lançar mão do aparelho do Estado e dos recursos tecológicos de informação, espionagem e monitoramento para exercer o controle das relações sociais com finalidades imorais, e mesmo criminosas, e mostra como este sistema corrupto de controle social sobrevive de sua própria corrupção, e como que, mesmo as pessoas bem intencionadas são enganadas e seus bons propósitos revertidos e manipulados, não raro usando-se a tecnologia como ferramenta.
Assim, o cidadão se torna refém de um aparelho virtual que é o Estado, que parece vivenciar a apologia da corrupção e estar acima de qualquer homem, já que, da noite para o dia, líderes até então tremendamente poderosos, são sumariamente eliminados.
E então, como vivenciar o direto de liberdade cidadã frente a este eterno conflito do controle social, hoje mais que nunca fortalecido e incrementado pelas tecnologias digitais de informação e comunicação?!

Resumo de aula - ESTÉTICA.



Estética é o ramo da Filosofia que trata das concepções do belo, beleza.

A Filosofia da Arte também pertence à estética.


1 - Recordemos: a ciência racional trabalha com verdades que são universais e necessárias, e, dentro da tradição cartesiana, galilaica e newtoniana, sempre buscando as verdades claras e distintas, ou seja, conhecimento calcado na lógica matemática.

Já o conhecimento estético opera de outro modo.

Calcada basicamente na experiência sensível, a estética se faz através da percepção individual, subjetiva. Assim, impossível de se estabelecer juízos estéticos universais e necessários.

2 - Sócrates e Platão afirmavam que o belo e o bem são uma e a mesma coisa, sendo portanto o belo uma forma superior de moral. Assim, neste perspectiva, percebemos que a estética vai exercer uma FUNÇÃO SOCIAL.

Diante de um ato imoral, uma das primeiras expressões que as pessoas dizem é "Ora, mas que coisa feia!" - isso vai de encontro direto à herança socrático-platônica no que diz respeito à teoria da função social da estética.

No século XVIII o alemão Schiller afirmou que a missão da arte é a de harmonizar indivíduo e o mundo em que vive, ou seja, conferir-lhe a LIBERDADE.

3 - A arte faz com que nossos sentidos estimulem os nossos sentimentos. Quem de nós nunca se deparou com uma pintura, ou ouviu uma música, e disse: "que música triste" ou "que quadro vibrante" - este fenômeno chama-se CATARSE, e é ele que leva ao FASCÍNIO da arte e da beleza, o que faz com que a arte esteja acima das culturas e das ideologias.
4 - Sendo a obra técnica voltada para a utilidade, e a obra de arte voltada para o belo, e ambos necessários à harmonia humana, a arte torna-se FENÔMENO SOCIAL. O artista influencia a sociedade e vice-versa - os artistas são homens de seu tempo; vejamos como os pintores do Renascimento, ao exaltar a beleza das formas do corpo humano buscavam retomar os valores do conhecimento grego clássico calcados na razão, em contraposição ao estático conhecimento medieval controlado pela Igreja com base na fé. Outro exemplo são os músicos do movimento Hip-Hop ou os artistas grafiteiros que agem nas grandes cidades - seu trabalho reflete os prazeres e temores, as preocupações e os projetos da cultura urbana contemporânea: trabalho, violência, diferenças de classe, alegria juvenil, drogas, etc.
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A IMAGEM ACIMA DEMONSTRA A INFLUÊNCIA DA BUSCA DA CULTURA CLÁSSICA NA ANTIGUIDADE GRECO ROMANA COMO CAMINHO DA RETOMADA DA RAZÃO.
A técnica da perspectiva que lança mão de recursos matemático geométricos confere notável harmonia e, por conseguinte, muita beleza à obra. Observemos as marcações em amarelo que demonstram algumas poucas concepções geométricas das milhares que podem ser aplicadas à obra. A reprodução harmônica e ordenada de vários personagens da história da cultura greco-romana somente corrobora com os ideiais do Renascimento, demonstrando que a presente obra - A Escola de Atenas de Rafael Sanzio - é um exemplo típico da arte como fenômeno social e fruto de um determinado tempo cultural.


RETIFICADA - AULA FILOSOFIA CLÁSSICA II

No dia de ontem constatei que a aula FILOSOFIA CLÁSSICA II disponível para download, na verdade, era só um esboço da mesma.
O arquivo já foi trocado no link. Interessados, podem baixar o arquivo correto agora.
Abs.
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Para assistir o filme "A Onda"

O média metragem de 1981 em sua versão original dublada em português encontra-se à disposição para download neste blog, link no menu das aulas digitalizadas, à esquerda.
A segunda versão de 2008 não pode ser postada neste blog por dois motivos: primeiro, o site de hospedagem não comporta o tamanho do arquivo. Segundo, isso seria prática de pirataria, apesar do uso puramente pedagógico da obra.

Prof. Douglas Gregorio.

Comentários sobre o filme A Onda.


A Onda é um filme produzido nos Estados Unidos em 1981, e refilmado na Alemanha em 2008.
Ele fala de uma experiência verídica ocorrida numa escola de ensino médio, na cidade de Palo Alto, Califórnia, em 1967.
Durante uma aula sobre o nazismo, uma aluna pergunta: “Como o povo alemão pode ficar impassível diante da morte de milhares de inocentes? Como ninguém sabia? Isto não pode ser verdade!
A pergunta gerou uma crise para o professor de história, Sr. Ross, que não soube responder. Ficou ele dividido entre a busca de uma resposta ou simplesmente desviar o assunto. Porém, durante uma aula na qual aplicou dinâmicas de grupo para explicar o conceito de disciplina, percebeu uma súbita e estranha mudança radical de comportamento em seus alunos... e decidiu explorar a oportunidade com o objetivo de construir a tão procurada resposta.
Prontamente e sem nada questionar, toda a classe foi aderindo aos comandos do Sr. Ross num movimento que tinha como lema: força pela disciplina, força pela comunidade, força pela ação, um movimento que seria como uma onda: um modelo de mudança em movimento, direção e impacto.
O movimento cresceu rapidamente. Os alunos membros d’A Onda passaram a usar uniformes e distintivos, impondo a toda comunidade escolar as idéias do movimento usando a violência se fosse preciso.
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Qual seria o desfecho deste fenômeno?!
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O filme surge do romance A Terceira Onda, de Ron Jones, o professor verdadeiro, hoje com 70 anos. No livro ele narra sua experiência, e a tragédia não retratada no filme: um de seus alunos perde uma das mãos numa explosão acidental de uma bomba caseira que os membros d’A Onda usariam para forçar a adesão da comunidade – neste momento ele percebeu o limite, e a necessidade de abortar a experiência.
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Discurso do prof. Ross na cena final de “A Onda”

Vocês pensaram que eram especiais, melhores do que qualquer um fora desta sala. Trocaram sua liberdade pelo luxo de se sentirem superiores. Aceitaram a vontade do grupo acima de suas próprias convicções, não importa quem ferisse.
Pensaram que isso era só um passeio do qual iam se desligar a qualquer momento... mas para onde rumavam? Até onde vocês iriam?
Olhem para o seu futuro! (multidão saudando Hitler)
É... todos vocês teriam dado bons nazistas. Iam vestir aquela farda, virar a cabeça, e permitir que seus amigos e vizinhos fossem perseguidos e destruídos.
O fascismo não é uma coisa que outras pessoas fizeram. Ele está aqui mesmo, em todos nós.
Vocês perguntam: como que o povo alemão pode ficar impassível enquanto milhões de inocentes seres humanos eram assassinados? Como alegou que não estava envolvido? O que faz um povo renegar sua própria história? Pois se é que a história se repete, vocês todos vão querer negar o que se passou com vocês n’A Onda. Mas se nossa experiência for um sucesso, terão aprendido que somos todos responsáveis pelos nossos atos. E que vocês devem se interrogar o que fazer, em vez de seguir cegamente um líder. E que pelo resto de suas vidas nunca permitirão que a vontade de um grupo usurpe seus direitos individuais.
Eu sei que isto foi penoso para vocês, como foi também para mim. Mas é uma lição que partilharemos pelo resto da nossa vida.

Prof. Douglas Gregorio.

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Na foto de 2008, o verdadeiro Sr. Ross, o prof Ron Jones, hoje poeta e escritor, aparece à esquerda. Ao centro, a atriz Jennifer Ulrich, a Laurie, Karo na versão alemã, e à direita o diretor Dennis Gansel.
DICA: você gostaria de fazer contato com o próprio Sr. Ross, prof. Ron Jones na vida real? Trocar idéias, dizer que assistiu A Onda e debateu com os colegas a experiência por ele vivida? Gostaria de trocar mensagens com os ex-alunos do prof. Ron Jones que participaram d'A Onda na vida real?
Não custa tentar...e exercitar o inglês.
Peça uma força ao professor de inglês, visite o website do prof. Ron Jones - lá você vai encontrar todos estes contatos:

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Novas postagens!

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Confiram a aula Filosofia Clássica parte I, voltada para a revisão do pessoal dos terceiros anos.
O filme A Onda também se encontra à disposição para download.
O material da semana de 04 a 08/10/2010 também se encontra à disposição no menu à esquerda.

Abs.

Prof. Douglas.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Capitalismo e crise: um paralelo entre a crise de 1929 e a crise de 2008.


Bem sabemos que o sistema capitalista é cíclico, ou seja, possui seus altos e baixos: momentos de progresso, prosperidade, e momentos de crise.

A Revolução Industrial consolidou o sistema capitalista como imperante na maior parte do mundo, mas fato é que, como todo sistema, o amadurecimento vem com o tempo. Erros são cometidos e aprende-se com eles.

Em 1929, o mundo estava saindo de uma guerra mundial. A destruição do parque industrial europeu transferiu para os Estados Unidos o centro mundial da economia.

Naqueles tempos, obviamente, os meios de comunicação eram bem mais limitados que hoje, o que tornava as decisões mais demoradas, e o mundo "maior".

Os transportes também eram mais limitados, bem como a tecnologia de um modo geral.

As grandes metrópoles do mundo eram crianças surgidas com a revolução industrial - lidar com os problemas de um mundo capitalista recém-surgido, e com as implicações sociais deste fato ainda era uma experiência inédita para nossa civilização. A saúde pública, logística de comércio, transporte, saneamento básico, abastecimento de água, abastecimento de comida, emprego, moradia, criminalidade, a urbanização do mundo com transferência em massa de população do campo para a cidade grande, etc. - imaginem só tudo isso acontecendo ao mesmo tempo e o poder público se esforçando por soluções, pressionado por uma população que se multiplicava como nunca antes tinha acontecido.

Foi neste cenário que na primeira metade do século XX o capitalismo pela primeira vez mostrou a seu lado mais fraco.

A concentração de atividades industriais nos Estados Unidos sem a concorrência dos europeus que estavam reconstruindo seu continente, bem como o crescimento de nações da América Latina e do extremo oriente, favoreceu de sobremaneira o mercado industrial americano.

Investimentos e mais investimentos na produção industrial acabaram por acontecer - a prosperidade era imensa.

Mas bem conhecemos a lei da oferta e da procura: não tardou para a produção, que se multiplicou de sobremaneira, se desvalorizar rapidamente no mercado.

Um erro fatal: a concentração dos investimentos na indústria: nenhum outro setor de mercado, mais protegido, para sustentar as bases da economia.

A crise era inevitável, e nos leva a refletir sobre a controlabilidade da economia.

Em 2008, as coisas eram bem diferentes.

Um mundo "menor" e um tempo "mais curto" devido ao desenvolvimento da tecnologia, especialmente das telecomunicações e às benesses da informática, especialmente a internet.

A falência do socialismo e a extinção das potências concorrentes tornavam o capitalismo um "príncipe debutante"; porém, muitos anos já haviam se passado num século em que a ciência e o conhecimento se multiplicaram e se desenvolveram mais que em milênios anteriores na história da humanidade. Novos padrões e novos valores exigiam do poder público um olhar mais humanitário e menos "financeiro" para os grandes problemas sociais.

O mundo dividiu-se em blocos regionais para administrar suas economias e mesmo desenvolver políticas colaboracionistas com tendência a unificação, para assim fortalecer tais blocos - o capitalismo deixava de ter uma sede única.

As novas tecnologias digitais ofereceram possibilidades nunca antes pensadas, cada vez mais barateadas e, por conseguinte, popularizadas - uma nova cultura, com uma nova concepção de tempo e espaço redesenhava o mundo que se dividiu em dois; não mais a divisão concorrente, mas a divisão colaboracionista: o mundo real e o mundo virtual, a cibercultura.

Nova cultura, nova sociedade, novas necessidades: a administração do capital e o comércio (ou seja, setor de serviços) tornaram-se prioritários à produção - o setor industrial não era mais o "grande imperador" do capitalismo; mais comunicação, mais publicidade, mais diversidade, mais consumo... e veio o erro... CRÉDITO DEMAIS.

Estando a economia prioritariamente nas mãos do capital financeiro, crédito tornou-se ferramenta de lucro fácil; assim, crédito e mais crédito foi oferecido a dois outros setores: produção (indústria), e comércio, além de já estar abusivamente oferecido ao consumidor final. Os investimentos em produção e consumo, bem como salários e receitas, do dia para noite viram-se multiplicados em 10, 20 vezes mais.

Por exemplo, um trabalhador, somando crédito bancário (cartão de crédito, cheque especial, empréstimo consignado etc.) junto com o crédito oferecido pelo comércio (cartões "cliente especial" em lojas de roupas, supermercados, postos de gasolina etc.), tudosustentado obviamente pelo capital financeiro, ou seja, pelos mesmos bancos que já reforçavam artificialmente o poder de compra do assalariado, proporcionaram um endividamento inconsequente do setor produtivo e do consumidor - a inadimplência generalizada foi inevitável - e veio a quebra.

Assim, tivemos o seguinte quadro:


1929:

Causa: superprodução.

Erro: concentração de investimentos num único setor e num único mercado regional.

Consequencias microeconômicas: queda vertiginosa dos preços, desvalorização generalizada e sem controle.

Consequencias macroeconômicas: falência dos mercados produtivos e quebra das bases de comércio internacional.


2008:

Causa: excesso de crédito.

Erro: falta de limites ao capital financeiro (bancos).

Consequencias microeconômicas: elevação do consumo ao ponto de se perder o controle sobre o endividamento.

Consequencias macroeconômicas: quebra das pequenas e médias empresas causadas pela inadimplência. pela falta de políticas de juros que controlasse a ação do capital financeiro até que ele próprio viu-se desvalorizado pela falta de potencial de quitação dos devedores.

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Filosofia política: a democracia grega, Platão e Aristóteles.

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A origem do modelo político praticado em nossa sociedade e civilização está na grécia Antiga, específicamente a Atenas democrática do período entre 400 e 200 anos a.C., aproximadamente.
Ali os cidadãos reuniam-se em praça pública, debatiam e votavam as decisões governamentais.
Cabe ressaltar que a democracia grega, apesar de defender os nobres ideais do lema "todo poder emana do povo e em seu nome é exercido", não era tão perfeita assim. Há de se considerar que somente os atenienses maiores de 18 anos podiam votar, bem como os escravos, mulheres e estrangeiros também não votavam, o que afastava cerca de 90% da população das decisões.
Mas este cenário culturalmente fértil nos presenteou com grandes pensadores, entre eles mestres como Sócrates, Platão e Aristóteles.
Para Platão, o mundo foi organizado (e não criado) por uma grande inteligência (que não é Deus) a quem chamou de Demiurgo.
Ele separou portanto o todo existente entre duas partes: um mundo físico, que é aquele no qual estamos vivendo, e um mundo metafísico, onde é possível conceber a perfeição.
Antes de serem aprisionadas a um corpo, as almas dos humanos vivem no mundo metafísico (ou "mundo das idéias" como costuma ser chamado), e neste lugar entram em contato, em maior ou menor grau, com o conhecimento.
Ao virem para este mundo, o contato com o conhecimento definia os PAPÉIS SOCIAIS que os indivíduos iriam exercer na organização social.
Assim, ao encarnar com a alma na barriga, o papel deste indivíduo era a de se dedicar a tarefas como o artesanato e comércio.
Ao encarnar com a alma no peito, cabia a este indivíduo funções militares, ou seja, um guerreiro.
Ao encarnar com a alma na cabeça, este indivíduo seria um filósofo; assim, seu papel social era o de governar - o ideal do Rei-Filósofo.
Aristóteles aprofundou estas idéias do mestre Platão e classificou o ser humano como um zoon politicon, ou seja, um animal cidadão - faz parte da natureza humana a vida em comunidade, e, com isso, o exercício da política.
Como o mestre, Aristóteles reservou um lugar privilegiado a seres mais desenvolvidos, descrevendo aquilo o que conhecemos hoje por pirâmide social: a separação dos homens em classes ou castas, superiores ou inferiores, cada qual exercendo determinadas funções sociais.
Sobre este tema, você vai encontrar mais informações no capítulo 21 do livro "Temas de Filosofia" , Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Martins, ed. Moderna.
Neste blog, no menu "objetos de aprendizagem", você também poderá encontrar a aula digitalizada sobre a filosofia política de Maquiavel, que também é material de estudo.
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sábado, 18 de setembro de 2010

22 e 23/09 - NÃO FALTEM: TRABALHOS DE AVALIAÇÃO.

Filosofia, sociologia e atualidades. Todos em grupo e com consulta. Turmas que tem aula somente às quartas, farão dia 22, as demais, dia 23. Mais instruções em postagem logo abaixo.
Abs.
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AULAS EM PPT PARA DOWNLOAD.

No menu à esquerda, basta clicar nos links.
Abs.
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Terceiros anos Metodista - "Os três porquinhos": Durkhein, Weber e Marx.


Caros alunos, o professor Waldomiro (história) procurou-me dizendo que tem alunos dos terceiros anos que estão preocupados com as inserções de sociologia nos vestibulares e ENEM, e pediram que ele, nos seus plantões de atendimento, os ajude revisando temas básicos de sociologia, os quais tem aparecido em questões de exames simulados, especialmente as teorias sociológicas contemporâneas mais clássicas, "Os Três Porquinhos" da sociologia, Durkhein, Weber e Marx, bem como Comte, pai da sociologia contemporânea e precursor da sociologia científica.

Também falaram sobre conteúdos ligados aos primórdios da sociologia, como Platão e Aristóteles, e também a sociologia no Brasil, entre outros subtemas.

É claro que o Prof. Waldomiro tem toda a minha autorização para desenvolver este trabalho, pois é plenamente capacitado para tal.

Por outro lado, após esta conversa com o prof. Waldomiro, estou preparando uma aula especialmente voltada para estas questões, a qual estaremos trabalhando daqui há duas semanas.


Abs.

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Trabalhos avaliativos - Metodista.

Caros alunos, não faltem em minhas aulas esta semana, 22 e 23 de setembro, quarta e quinta-feira, respectivamente.
Estaremos realizando trabalhos de avaliação em grupo, a consulta é livre.
Os primeiros anos, além de todo o material disponibilizado, poderão também utilizar o livro "Temas de Filosofia", cap. 13, ressalvando que a utilização do livro é como material de apoio, não é preciso possuir o livro para realizar o trabalho.
Apenas as turmas que assistem minhas aulas somente nas quartas-feiras farão no dia 22; as demais, farão no dia 23.
Sucesso!
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Aulas em PPT para download.

Alguns alunos fizeram contato, dizendo que estavam com problemas em fazer o download das aulas digitalizadas a partir do Google Docs. Assim, achei melhor utilizar outro sistema: basta ir no menu à esquerda desta página que você encontrará os links para download.
Aos alunos, colegas e demais interessados, só peço a ética de não se comercializar as aulas e manter os créditos de autoria ao utilizá-las.
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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Mapa conceitual - Publico e privado.


Caros alunos, bem-vindos!

Seguem abaixo os mapas conceituais das aulas trabalhadas no terceiro trimestre.
Parecem ilegíveis, mas basta clicar sobre eles que se abrem.

Abraços!

Prof. Douglas Gregorio.

Resumo de aulas, mapa conceitual, 1ºs anos.


Resumo de aulas, mapa conceitual - 2º anos.





Resumo de aula - a questão Franco-Argelina - 3ºs anos

HISTÓRICO:
1830 - A França invade a Argélia, no norte da África, e gradativamente vai assumindo o controle total do país; franceses tomam as terras dos argelinos.
1947 - Os argelinos conquistam a cidadania francesa e os muçulmanos conquistam maiores liberdades.
1962 - A Argélia se torna independente da França.
1992 - A Argélia atravessa severa guerra civil motivada pelo fundamentalismo islâmico. Até 2000, haviam 80.000 mortos.
- Final do século XX: devido ao envelhecimento de sua população, a França abriu-se à imigração.
- 1981 - Tem início uma era de tolerância e inclusão social com a eleição do socialista François Mitterand.
- 1995 - A França contava com uma imensa população de argelinos refugiados da guerra civil.
- 1995 - Jacques Chirac é eleito e desenvolve uma política totalmente oposta à da era Mitterand.
- 2005 - Revolta das Banlieues (periferia em francês) - 9.000 carros incendiados e 3.000 pessoas presas; a revolta foi motivada pelo anseio de inclusão social de argelinos e outros imigrantes arfricanos, especialmente os de religião muçulmana.
- Após 2005: alta concentração nas "banlieues" de argelinos, marroquinos e tunisianos; ao invés de ocorrer uma miscigenação étnica com os franceses, os imigrantes fecham-se em guetos, formando imensos nichos culturais afro-muçulmanos.
- Momento atual: perseguição do governo de Nicolas Sarkozy, continuador de Chirac.

Resumo de aula - mapa conceitual - 3ºs anos.




quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Metodista, o novo desafio!



No dia de hoje estreei como professor de filosofia, sociologia e atualidades no ensino médio da Metodista, conhecida instituição de ensino do ABC Paulista e destaque absoluto na tradição das principais instituições de ensino e pesquisa do Brasil.

O Metodismo tem suas origens no movimento protestante da Inglaterra. Fundado por John Wesley em 1703 como um movimento ligado à Igreja Anglicana (Episcopal) foi, no princípio, hostilizado dentro do próprio anglicanismo. Tanto que o nome "Metodista" surgiu como uma forma pejorativa que encontraram para referirem-se ao grupo de universitários de Oxford conhecido como "Clube Santo", liderado por Wesley, onde adotavam modos altamente regrados e metódicos de ser e agir segundo a fé cristã. Posteriormente, o movimento Metodista participou de ações missionárias junto aos nativos americanos no século XVIII.

No Brasil o Metodismo começou com o pastor americano Junius Newmann, em Santa Bárbara d'Oeste - SP, em 1867; anos depois suas filhas fundaram uma instituição educacional em Piracicaba - SP, a Escola Junius Newmann, hoje Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP.
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Um grande abraço a todos os meus novos alunos e colegas professores, que tenhamos um excelente e produtivo convívio.
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(fonte: site da Igreja Metodista do Brasil - http://www.metodista.org.br/ ).

segunda-feira, 22 de março de 2010



Desde fevereiro deste ano tenho atuado na Fundação Instituto de Administração, a FIA, escola criada e mantida por professores do departamento de administração da Faculdade de Economia e Administração, FEA-USP.
Tenho atendido executivos que atuam na PRODAM - empresa de processamento de dados da prefeitura de São Paulo, os quais estão realizando seu MBA em Gestão de Negócios com ênfase em projetos.
A FIA é considerada uma dos melhores escolas de negócios do Brasil, colocada entre as três primeiras do ranking da revista Você S.A.
Um grande abraço a todos os colegas e amigos que estou conhecendo com esta nova experiência, e agradeço por demais a todos a oportunidade de estar desenvolvendo esta nova etapa em minha carreira de professor.