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domingo, 24 de maio de 2009

AULA QUESTÃO AMBIENTAL (3ºs) - texto corrido.

Até o século XIX, o homem sobrevivia de atividades agropastoris e artesanais.
Com a Revolução Industrial, a ciência e a tecnologia se multiplicaram centenas de vezes mais que em toda história da humanidade.
Com o desenvolvimento da física e da química inventou-se o MATERIAL SINTÉTICO, ou seja, o plástico. Prático, útil e versátil, nós consumimos elevada quantidade deste produto. O inconveniente é a sua difícil decomposição.
A matriz energética exigida pelos tempos industriais focou-se nos COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS, ou seja, o carvão e o petróleo que hoje constituem a principal fonte de energia para a humanidade. Porém, são dois os problemas: além de ser uma fonte esgotável, seu consumo produz elevada quantidade de resíduos tóxicos.
Com a Revolução Industrial houve o surgimento dos grandes centros urbanos, fenômeno que depois da Segunda Guerra Mundial chegou também aos países emergentes. Metrópoles com milhões de habitantes se espalharam pelo mundo, e com elas, muito mais lixo produzido e muito mais esgoto. Só a cidade de São Paulo produz 15 mil toneladas de lixo por dia (UOL).
A humanidade se multiplica a ritmo assustador. Depois da Segunda Guerra, muitos benefícios tecnológicos e científicos chegaram aos países emergentes, especialmente na medicina e na farmacologia, o que provocou o fenômeno da explosão populacional. Por minuto ocorrem cerca de 260 nascimentos em todo o mundo com a contrapartida de cerca de 106 mortes, o que resulta num crescimento real de 155 novos lugares ocupados no planeta a cada minuto.
O homem passou a se preocupar tardiamente com a questão ambiental. Até os anos 70 o grande temor da humanidade vinha da antiga ordem mundial, o medo de uma guerra nuclear entre os Estados Unidos e a extinta União Soviética, dado o trauma de Hiroshima e Nagazaki.
Só em 1972 a ONU promoveu em Estocolmo, na Suécia, a sua primeira reunião mundial sobre o meio ambiente. Porém, a repercussão foi pequena.
Vinte anos depois a segunda reunião viria a ocorrer no Rio de Janeiro, a ECO 92. A repercussão foi grande, porém os resultados foram poucos, quase nenhum, dado que os países ricos alegavam não poder arcar com os prejuízos de políticas de preservação ambiental, muito menos ajudar países pobres a desenvolverem projetos do gênero.
Saiu da ECO 92 o conceito de SUTENTABILIDADE – desenvolvimento sustentável não pode somente objetivar incrementos na economia. O desenvolvimento propriamente dito só pode se sustentar na medida em que garante que os benefícios ocorram em sincronia com a questão da desigualdade social – distribuição de renda – bem como não pode ignorar a questão ambiental.
O PROTOCOLO DE KYOTO é um grande acordo internacional assinado entre 1997 e 2004 por 175 países. Visa combater o perigo do EFEITO ESTUFA, a deterioração da atmosfera por poluentes que provoca gradativa elevação da temperatura média no planeta, o que, se não for contido, provocará o desaparecimento da vida no planeta.
Destes 175 países, 55% deles são responsáveis por 55% dos poluentes jogados na atmosfera, os países ricos. E pelo tratado, comprometeram-se a diminuir as emissões de gás carbônico em no mínimo 5,2% entre 2008 e 2012. Nesta etapa os países emergentes estão dispensados do compromisso.
75% da superfície do planeta é coberta de água, elemento central e fundamental no fenômeno biológico da VIDA. Com tanta abundância e renovação natural cíclica, sempre acreditamos ser a água um recurso inesgotável, mas não é isso que temos observado.
Cada vez mais as reservas de água potável estão sendo contaminadas por poluentes químicos e esgotos. A recuperação natural pode sim acontecer espontaneamente, porém, não no ritmo da necessidade de consumo de uma humanidade que cresce velozmente, e também não se as ações poluentes não forem contidas.
Os custos de tratamento de recuperação de água contaminada são altíssimos, o que, por exemplo, inviabiliza o tratamento de cerca de 25% dos 5,4 bilhões de litros de esgoto produzidos por dia pela cidade de São Paulo (TV Cultura – Balanço Social).
Enfim, a sabedoria da Mãe Natureza gerou uma cadeia de interdependência entre os seres vivos e demais recursos que outra grande necessidade para se manter o equilíbrio da biosfera consiste em preservar as reservas florestais, em especial a Amazônia, já que o equilíbrio das trocas gasosas atmosféricas e os ecossistemas tão necessários ao equilíbrio biológico dependem da preservação das matas.

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