Griô seria todo aquele cidadão reconhecido em
sua comunidade como um mestre, seja nas artes, seja na tradição religiosa, seja
nos ofícios, seja nas tradições folclóricas em suas mais diversas expressões,
de modo que nele a ancestralidade e a oralidade vão incorporar um agente vetor
de organização, geração e transmissão de conhecimento que fortaleça a
identidade comunitária. É nessa perspectiva que a Pedagogia Griô integra mito,
arte, ciência e história de vida dos saberes e fazeres de uma tradição
comunitária. A Pedagogia Griô coloca como eixo central a identidade e a
ancestralidade dos estudantes, tomando a vivência, oralidade e corporeidade
como os pontos de partida para a produção do conhecimento. Nesse processo, os
mestres griôs e as referências pedagógicas dos pesquisadores brasileiros da
educação biocêntrica, Paulo Freire, antropólogos e outros acadêmicos das
relações entre a cultura e as expressões étnico-raciais.
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