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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Estudo em grupo 2º bimestre - 1ºs anos.

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OS JUDEUS E OS JAPONESES SÃO MAIS INTELIGENTES?

Nós brasileiros geralmente observamos as colônias de imigrantes como os judeus e os orientais com admiração. Geralmente são donos do seu próprio negócio, ou ocupam altos postos em empresas de grande porte. A riqueza visível de seus clubes e templos religiosos mostra como é alta a sua qualidade de vida. Na escola, seus filhos apresentam um rendimento significativamente mais alto que os dos demais colegas. Qual é o segredo de tanta prosperidade? Vejamos o que nos diz o jornalista Gilberto Dimenstein:

(...) Judeus, japoneses, coreanos, chineses, como a imensa maioria dos imigrantes, chegaram ao país sem dinheiro, fugindo da miséria e da perseguição, sem falar a língua portuguesa e sem entender os costumes locais. Por que progrediram tanto?
Não há nenhum segredo na prosperidade destes imigrantes. Muito menos qualquer base para se especular sobre uma suposta superioridade étnica ou racial. Além de tirar proveito de um país em crescimento, beneficiaram-se da mistura de supervalorização da educação com o envolvimento da família e da comunidade no aprendizado de suas crianças e adolescentes. Compartilhar responsabilidades com a escola é uma medida de capital social, ou seja, da rede de relação de confiança entre os indivíduos para enfrentar desafios.
No caso dos orientais, existe uma tradição cultural baseada no filósofo Confúcio (551-479 a.C.), que determinava a reverência à educação e o culto à meritocracia. O confucionismo pregava também a disciplina – o que leva a entender o rigor que perdura nas escolas do Japão e da Coréia do Sul, por exemplo. Um sinal explícito dessa reverência é o respeito ao professor. A começar do professor primário, cultuado porque, afinal, é o responsável pela alfabetização.
A relação dos judeus com o aprendizado está sintetizada no ritual iniciatório (bar-mitzvah), da passagem da vida infantil para a adulta, realizado quando o jovem tinha 13 anos. Nesse ritual não se pede um gesto de coragem ou de bravura, mas apenas a leitura de um livro (Torá). Ou seja, sem o domínio da língua não existe saída da infância. Essa obrigação possibilitou que a taxa de analfabetismo entre os judeus fosse irrisória. A reverência à escrita e à leitura fez com que os judeus montassem a primeira rede pública de ensino de que se tem notícia na humanidade.
Não existe superioridade racial ou étnica. O que existe é a combinação da valorização do saber com o capital social: dá resultados, em maior ou menor grau, em todos os lugares, independente de credo, etnia e nacionalidade. Se, obviamente, os países oferecem escolas melhores, os resultados dessa ligação serão melhores. Mas para as escolas públicas serem melhores, é necessário que a sociedade, ou, pelo menos, a sua elite, acredite no valor supremo da educação.
DIMENSTEIN, G..Dez Lições de Sociologia para um Brasil Cidadão.São Paulo, FTD, 2008. P. 66-67.

QUESTÕES:
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1 – Os imigrantes do texto nos mostram o quanto é importante valorizar a cultura e a educação para a elevação da qualidade de vida. O que falta na socialização dos brasileiros para que possamos fortalecer a nossa cultura e educação, elevando assim nossa qualidade de vida?
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2 – Quando as pessoas debatem sobre os problemas do Brasil, não é raro ouvirmos aquelas frases prontas: “Estes problemas só ocorrem no Brasil, isso jamais será um Estados Unidos, uma Alemanha, o brasileiro é atrasado por natureza, isso não tem jeito não”. Será que a antropologia confirma que existem raças, etnias e nacionalidades naturalmente destinadas ao subdesenvolvimento? Comentem sua resposta.
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Sobre o livro “A Revolução dos Bichos”
Como sabemos, a Revolução dos Bichos é uma metáfora da Revolução Russa de 1917.
Os capítulos 04 e 05 nos mostram as ameaças que a revolução sofreu com as tentativas de restauração da monarquia do Czar Nicolau II (Jones), bem como as discordâncias entre Stálin (Napoleão) e Trotsky (Bola de Neve), que resultaram no exílio deste último.

Respondam:

3 – Na aula de tema Socialização e Controle Social, falamos dos chamados mecanismos de controle social. Quem são os animais que representam os mecanismos de controle social na história?
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